Escritos da Alma

Esta é uma extensão do meu ser, um pedacinho das minhas quimeras, fagulhas das minhas ilusões. Drummond me ensinou a divulgar-me, porque meu coração é muito menor que o mundo, nele não cabem nem minhas dores, nem minhas alegrias, nem minhas revoltas e divagações. Então... Entre e fique à vontade. A intenção é me despir, me gritar e freqüentar os jornais, pois preciso de todos. Não escrevo pra mim. Escrevo por vida, pela vida e para a vida.

segunda-feira, julho 03, 2006


"Baseado no romance best-seller 'The Notebook' de Nicholas Sparks, o filme 'Diário de Uma Paixão' é uma história sobre oportunidades perdidas, amadurecimento e a força de um amor duradouro. Quando a adolescente Allie Hamilton (RACHEL McADAMS) vai passar o verão com a família na cidade litorânea de Seabrook, na Carolina do Norte, nos anos 40, conhece o garoto Noah Calhoun (RYAN GOSLING), que mora na cidade. Noah sente que é amor à primeira vista. Embora a menina seja de uma família rica e ele seja um operário, os dois se apaixonam profundamente durante um verão repleto de emoção e liberdade. Eles são separados pelas circunstâncias - e pela súbita eclosão da Segunda Guerrra Mundial -, mas ambos permanecem assombrados pelas lembranças um do outro. Quando Noah volta para casa após a guerra, Allie se foi para sempre de sua vida, mas não do seu coração. Embora Noah ainda não saiba, Allie voltou a Seabrook, onde eles se apaixonaram. Ocorre que agora Allie está noiva de Lon (JAMES MARSDEN), um soldado abastado que conheceu quando foi voluntária num hospital. Décadas mais tarde, um homem (JAMES GARNER) lê um caderno antigo para uma mulher (GENA ROWLANDS) que visita regularmente no asilo. Embora a memória dela esteja prejudicada, ela se deixa envolver pela emocionante história de Allie e Noah - e por alguns breves momentos consegue reviver uma época de paixão e turbulência, em que eles juraram que ficariam juntos para sempre."

Depois de Moulin Rouge... Devo admitir que esse foi um dos filmes que mais me fez chorar.
Não pelo roteiro obviamente lacrimejante, mas por me dar consciência de algo eu realmente havia desistido de acreditar: a eternidade de um amor.
Há muito decidi optar pela teoria do "pra sempre sempre acaba" que Renato Russo me ensinou. É menos doloros, menos comprometedor, mais fácil e, obviamente, muito mais condizente com a realidade que o cotidiano nos enfia, todo os dias, goela abaixo. Amores resilientes, um olhar, um beijo, alguns minutos, talvez uma noite... Será que é isso que eu realmente quero?
Depois de ver uma Amor iniciado à flor da juventude que atravessa a hostilidade dos parentes, a 2ª guerra mundial, anos de silêncio, e até mesmo rompe com um "novo amor" - semeado para que apagasse o primeiro - , por que não tentar reviver os princípios de Vinícius de Moraes? Não é muito mais belo e sheakesperiano?
Por que não combater diferenças, brigas, quedas, em nome de algo que pode não ter fim?
Se tiver, tudo bem... Fiz a minha parte. Sonhando, lutando, planejando, amando com cada gota de sangue, me entregando até o último suspiro, não me acovardando em saltar sem pára-quedas em busca de um vôo livre.
Então... Pra inspirar...

"De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa (me) dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure "

Que eu busque reacender a chama
Que eu ria e chore, louve e cante
Que me satisfaça, que me traga paz
Que seja o calor e o sossego
Que deixe frio e inquietude
Que dele me atente
Que nele me disperse
Que com ele aprenda
Que em mim preencha
Que fora de mim irradie
Que por ele viva
Que sem ele morra
Que o pra sempre não acabe
Que seja imortal
Que seja infinito...
até que a morte nos separe.
Amém.

2 Comments:

At segunda-feira, julho 03, 2006 11:23:00 AM, Anonymous Anônimo said...

oi! segunda vez q comento aqui, eu acho...
gostei do post sim, obrigado por ter me feito ler...
o filme, as palavras, o poema de v.m. (esse tem história já...)
obrigado por tudo e por mais essas palavras...
beijo

 
At quarta-feira, julho 05, 2006 4:32:00 PM, Blogger Deco Duarte said...

Oi, oi, Paulinha.
Pode sim, fique à vontade.
:P

 

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