Escritos da Alma

Esta é uma extensão do meu ser, um pedacinho das minhas quimeras, fagulhas das minhas ilusões. Drummond me ensinou a divulgar-me, porque meu coração é muito menor que o mundo, nele não cabem nem minhas dores, nem minhas alegrias, nem minhas revoltas e divagações. Então... Entre e fique à vontade. A intenção é me despir, me gritar e freqüentar os jornais, pois preciso de todos. Não escrevo pra mim. Escrevo por vida, pela vida e para a vida.

terça-feira, julho 18, 2006


Se eu fosse egocentrista...
Diria que Marisa Monte pensa muito em mim quando faz suas músicas...
Especialmente as recém-lançadas...

Para minha transparência eterna, minha mania de me expor, de não me conter apenas em mim, querer abarcar o mundo com meus sentimentos... Infinito Particular:
"Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro, o meu quilate
Vem cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui e não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta-bandeira de mim

Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber

Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular..."

Viajando comigo, entre a pretensa alma poeta e o coração musical, e em meus mais platônicos sonhos... Aquela:
"Na noite prata, a estrada plana
A lua brilha nua e branda
No alto vai, derrama a luz do céu

À tarde, cruzo a linha urbana
Um porto, um canto, um novo som
Eu sei levar a vida assim de tom em tom

Na onda clara, estrada afora
O meu destino é agora
Aonde me levar a minha voz, eu vou"

Para minha história sempre emocional, inteiramente romântica, impulsiva, sentimental... A Primeira Pedra:
"Atire a primeira pedra
Quem não sofreu, quem não morreu por amor
Todo corpo que tem um deserto
Tem um olho de água por perto

Para ouvir basta abrir os poros
Para aceitar basta oferecer
Para quê adiar um desejo
De alguém que lhe quer tanto beijo

Quem de vocês
Resiste a uma tentação
Quem pretende revogar a lei do coração

Quem ousaria
Dessas vozes duvidar
Deixa a sua natureza se manifestar"

Para embalar meus pensamentos futuros... Cantando para meu bebê, ninando-o com o pai mais lindo que ele pode ter tocando violão... Minha fonte de esperanças, minha alegria futura... O Rio:
"Ouve o barulho do rio, meu filho
Deixa esse som te embalar
As folhas que caem no rio, meu filho
Terminam nas águas do mar

Quando amanhã por acaso faltar
Uma alegria no seu coração
Lembra do som dessas águas de lá
Faz desse rio a sua oração

Lembra, meu filho, passou, passará
Essa certeza, a ciência nos dá
Que vai chover quando o sol se cansar
Para que flores não faltem
Para que flores não faltem jamais"

Para minhas inúmeras facetas, reais ou metafóricas... Minha personalidade, minhas diversões, meus gostos, minhas pretensões... Gerânio:
"Ela que descobriu o mundo
E sabe vê-lo do ângulo mais bonito
Canta e melhora a vida, descobre sensações diferentes
Sente e vive intensamente

Aprende e continua aprendiz
Ensina muito e reboca os maiores amigos
Faz dança, cozinha, se balança na rede
E adormece em frente à bela vista

Despreocupa-se e pensa no essencial
Dorme e acorda

Conhece a Índia e o Japão e a dança haitiana
Fala inglês e canta em inglês
Escreve diários, pinta lâmpadas, troca pneus
E lava os cabelos com shampoos diferentes

Faz amor e anda de bicicleta dentro de casa
E corre quando quer
Cozinha tudo, costura, já fez boneco de pano
E brinco para a orelha, bolsa de couro, namora e é amiga

Tem computador e rede, rede para dois
Gosta de eletrodomésticos, toca piano e violão
Procura o amor e quer ser mãe, tem lençóis e tem irmãs
Vai ao teatro, mas prefere cinema

Sabe espantar o tédio
Cortar cabelo e nadar no mar
Tédio não passa nem por perto, é infinita, sensível, linda
Estou com saudades e penso tanto em você

Despreocupa-se e pensa no essencial
Dorme e acorda..."

Para minha esperança no Amor, entre o eterno e o infinito, meu consolo é saber que o que já está consolidado ficará, apesar de tudo que possa ainda transcorrer... Pelo tempo que durar:
"Nada vai permanecer
No estado em que está
Eu só penso em ver você
Eu só quero te encontrar
Geleiras vão derreter
Estrelas vão se apagar
E eu pensando em ter você
Pelo tempo que durar
Coisas vão se transformar
Para desaparecer
E eu pensando em ficar
A vida a te transcorrer
E eu pensando em passar
Pela vida com você"

Entre eu e o mundo, minha pequenez e a grandiosidade absurda que há fora de mim... Há o Universo ao meu redor, que me consola ou me deprime, a depender da forma que o vejo... Mas de uma forma ou de outra, nunca estou só:
"Tarde, já de manhã cedinho
Quando a névoa toma conta da cidade
Quem pega no violão
Sou eu, sou eu
Pra cantar a novidade

Quantas lágrimas de orvalho na roseira
Todo mundo tem um canto de tristeza
Graças a Deus, um passarinho
Vem me acompanhar
Cantando bem baixinho
E eu já não me sinto só
Tão só, tão só
Com o universo ao meu redor "

Obrigada, Marisa...
Agora estou inserida no quadro musical da MPB, através de suas letras...

2 Comments:

At sexta-feira, agosto 04, 2006 12:07:00 PM, Anonymous Anônimo said...

O CD tá mesmo lindoooooo demais. eu adoro! e ouve a música que eu te mandei muié! ;)

 
At sexta-feira, outubro 31, 2008 8:08:00 PM, Anonymous Anônimo said...

Oi, não sei quem você é mas fiquei encantado com suas palavras, nem me lembro como foi que achei o seu blog, só sei que amei ele, não tenho palavras pra me expressar, mas só queria lhe conhecer, poxa manda pelomenos um recado pra mim, adorei tudo, pensava que não existia pessoas assim como você, mas agora eu vi que tudo é possivel, me manda um recado meu e-mail é: paulodaywson@yahoo.com.br

 

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