2007 se inicia.
Já se passou uma semana desse novo ano e ainda tenho a sensação de que o ano recém terminado ainda não se desgrudou totalmente de mim. As marcas de mágoa, de esforço vão, de tempo e suor jogados fora ainda estão aqui, latentes. A sensação de incapacidade corre quente pelas minhas veias, e nada que eu faça consegue extraí-la de mim.
Embora a vida tenha me sorrido em meio a tantas dificuldades... Os últimos tempos foram muito difíceis. Mas estou aqui, inteira. Remendada, cheia de cacos colados e rachaduras... Sobrevivi. E aprendi.
Descobri que não sou de porcelana. Sou mais resistente à quedas e tombos do que eu mesma imaginava. Aprendi a ser forte, a encarar meus problemas e, ao invés de chorar, guardar minhas forças para encontrar soluções.
Não, não é nada fácil viver, definitivamente. Mas é maravilhoso aprender vivendo...
Estou viva. Nada pode me tirar a alegria dessa descoberta agora.
Nem as cicatrizes que teimam em ainda sangrar, vez por outra.
Nem a certeza de ter nadado um oceano de seis meses e ter morrido na praia.
A felicidade de viver ultrapassa qualquer entendimento...
PS: esse desabafo mudou de teor radicalmente pela madrugada adentro...
Obrigada Júnior, meu amor, e Miguel, que estou aprendendo a decifrar, pela companhia em mais uma noite em claro... ^^
Que 2007 transcorra como têm corrido minhas mais recentes lágrimas... Macias, esquentando a face e não mais machucando-a. Carinho de alegria.
E que assim sejam 2008, 2009, 2010...
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