Escritos da Alma

Esta é uma extensão do meu ser, um pedacinho das minhas quimeras, fagulhas das minhas ilusões. Drummond me ensinou a divulgar-me, porque meu coração é muito menor que o mundo, nele não cabem nem minhas dores, nem minhas alegrias, nem minhas revoltas e divagações. Então... Entre e fique à vontade. A intenção é me despir, me gritar e freqüentar os jornais, pois preciso de todos. Não escrevo pra mim. Escrevo por vida, pela vida e para a vida.

terça-feira, janeiro 17, 2006



Verdade Mascarada
Meu sorriso disfarçado
Mesmo quando não aparece está ali
Ei-lo, embora tudo...
Buscando vida
Fazendo-me mais
Mais feliz, quem sabe
Mais otimista, quiçá
Mais eu, sempre

"Sorri
Quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos, vazios"

Apenas meu sorriso pode resgatar-me da atmosfera nebulosa do mundo que crio... Não o quero, mas ele é mais forte do que eu.

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Escrever. Tenho pensado muito nisso ultimamente. Tenho falado, re-lido o passado, discutido, reescrito algumas coisas, escrito outras, ouvido opiniões, ouvido a mim mesma.
Insisto. Não sei se nasci pra isso, mas sei que é uma das coisas que me faz viver. "Palavras são erros e os erros são seus"... Será mesmo?
Pra mim, erro seria calar. Se Renato Russo estiver certo, prefiro morrer errada.
Digo sempre que me sinto Drummond...
"Não, meu coração não é maior que o mundo. É muito menor. Nele não cabem nem as minhas dores. Por isso gosto tanto de me contar. Por isso me dispo, por isso me grito, por isso freqüento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias: Preciso de todos. Sim, meu coração é muito pequeno."
Letras pra mim são conexões entre o mundo real e o meu mundo, às vezes cruel, às vezes realista, às vezes flutuando entre o concreto e o abstrato...
Mas... Qual será o verdadeiro? Existirá o concreto? A realidade não pode ser dentro de mim, o meu irreal?
Real pra mim é estar pensando agora, viva, com sonhos.
Erro e continuo errando. Continuarei a me despir, me gritar e me expor. Ainda que todos me virem as costas, ainda que não exista realidade, ainda que o mundo seja apenas eu.
Ainda assim, as palavras me farão companhia.
E não existirá solidão.